De acordo com Tonelli (1997) o termo
empreendedorismo teve sua origem na França, no século XVI, na caracterização
dos homens que coordenavam operações militares. Posteriormente, o termo começou
a ser utilizado naquele país para as pessoas que se associavam aos
proprietários de terras e trabalhos assalariados. Tal termo era adotado,
também, para denominar outros aventureiros, tais como construtores de pontes,
empreiteiros de estradas ou arquitetos.
Já o movimento do empreendedorismo no Brasil, segundo
Dornelas (2005), começou na década de 90 quando entidades como o Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a Softex
(Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Anteriormente
a essa data, praticamente não se discutia esse assunto.
Para Drucker (1987) indivíduos que precisam contar
com a certeza, é impossível que sejam bons empreendedores e elenca algumas
características comuns aos empreendedores:
•Capacidade
de delegar
•Procurar
sempre inovação
•Adaptar-se
facilmente às mudanças
•Capacidade
de decisão rápida e objetiva.
No Brasil, no campo da biblioteconomia, o
empreendedorismo ainda não é muito difundido, contudo vem passando por várias
transformações. Com o desenvolvimento das novas tecnologias os ganhos de tempo,
de custo e de produtividade cresceram assustadoramente. Artigos científicos,
por exemplo, chegam ao redor do mundo em um piscar de olhos.
Assim, considerando a importância da informação
para qualquer atividade humana, o empreendedorismo na biblioteconomia
encontra-se em condições favoráveis para ascender. Entretanto, o bibliotecário e/ou
profissional da informação deve buscar alternativas por novos campos de atuação
no mercado de trabalho. Desse modo, além da competência técnica tradicional, é
importante que esse profissional invista na sua formação para o desenvolvimento
de capacidades tecnológicas, gerenciais, pessoais e interpessoais.
No relato de Wang (1988) a informação tecnológica
pode ser a maior ferramenta dos tempos modernos, mas é o julgamento de negócios
dos humanos que a faz poderosa.
REFERÊNCIAS
DORNELAS,
J.C.A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
DRUCKER,
P. F. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e
princípios. 2.ed. São Paulo: Pioneira, 1987.
TONELLI,
A. Elaboração de uma metodologia de capacitação aplicada ao estudo das
características comportamentais dos empreendedores .1997. 147f. Dissertação
(Mestrado) - Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 1997. Disponível em: <
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/77229/109991.pdf?sequence=1&isAllowed=y
>. Acesso em: 04 jan. 2017.
WANG,
Charles B. Um Guia para Profissionais e Executivos Dominarem a Tecnologia e
a Internet. Tradução de Maria Wolf e Miguel Cabrera. São Paulo: Makron
Books, 1988.
SUGESTÃO DE CURSOS OFERECIDOS
Centro
Paula Sousa, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e
Inovação do Governo do Estado de São Paulo.
Site:
http://www.cps.sp.gov.br/quem-somos/secretaria-de-desenvolvimento.asp
O
curso Modelagem de Negócios, lançado
recentemente, aborda temas relacionados ao empreendedorismo e à criação de
startups. A iniciativa é uma parceria com a Rede Inova São Paulo e a Agência de
Inovação da Unicamp. O curso é desenvolvido em dez aulas on-line de 15 minutos
cada e as inscrições podem ser feitas pela Internet.
Introdução à Propriedade Intelectual, elaborado pela Inova Unicamp, e Avaliação de Tecnologias, em parceria com
a Unesp, são os outros dois cursos à distância disponíveis em plataforma
digital. Os cursos são voltados para a formação de pessoal na área de gestão de
propriedade intelectual de núcleos de inovação tecnológica.
As
inscrições devem ser feitas pela Internet e podem ser iniciados a qualquer
momento pelos participantes.
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